Svensson | Deliciosos desconhecidos: Uma coletânea de contos eróticos de Katja Slonawski | E-Book | www.sack.de
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E-Book, Portuguese, 108 Seiten

Svensson Deliciosos desconhecidos: Uma coletânea de contos eróticos de Katja Slonawski


1. Auflage 2023
ISBN: 978-87-28-56202-4
Verlag: LUST
Format: EPUB
Kopierschutz: 6 - ePub Watermark

E-Book, Portuguese, 108 Seiten

ISBN: 978-87-28-56202-4
Verlag: LUST
Format: EPUB
Kopierschutz: 6 - ePub Watermark



'Tinha acabado de pôr a mão nas cervejas quando escutou umas batidas abafadas e parou repentinamente. Alice se sentiu tensionar. Seus mamilos endureceram, como se uma mão invisível a tivesse tocado, e o som parecia atraí-la como um ímã. Parecia que... ela sabia bem o que parecia. Parecia que alguém estava transando. Uma transa gostosa. Curiosa demais para se conter, foi nas pontas dos pés em direção ao som, que agora estava mais alto.'Há estações do ano em que os desejos ficam à flor da pele.Ela está se recuperando após terminar um relacionamento e vai comemorar o solstício de verão com seu melhor amigo comprometido. No caminho, pensamentos lascivos vão enchendo a sua cabeça. Na festa, todo mundo era muito amigável, e as experiências que teve lá com certeza ficarão gravadas na sua memória. Será que ela vai se entregar à atração pelo amigo? Esta é uma das histórias que integra Deliciosos desconhecidos: Uma coletânea de contos eróticos de Katja Slonawski.Esta coleção inclui:Sentindo sua presençaSolstício de Verão Véspera de Ano Novo O Estranho Calendário Sexual A SereiaDesejo de PáscoaDia dos Namorados-

Katja Slonawski escreve contos emocionantes e impactantes sobre pessoas comuns em situações extraordinárias. Enfatizando as sensações emocionantes que só podem ser trazidas à vida através do toque e da expectativa, ela descreve personagens complexos e desafia a ideia de contos eróticos tradicionais. Katja Slonawski é uma escritora de contos e uma artista da palavra. Ela mora no sul da Suécia, mas nasceu e cresceu na costa oeste, em Gotemburgo.
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Sentindo sua presença


A floresta passa despercebida. Pequenas vilas, cidades menores. Ovelhas felpudas em um campo tranquilo. Quando fico tonta demais de olhar tudo de perto, descanso os olhos em alguma coisa mais distante. Como com nossa vida diária, foque no que lhe dá ânimo e que lhe dá energia naquele momento. De vez em quando, experimentamos um tranco juntos, nós, os poucos passageiros no trem, viajando para algum lugar, no mesmo vagão. Ele dá um tranco e alguém levanta o olhar. Estico um pouco o pescoço na esperança de encontrar uma posição mais confortável no banco barulhento. Esses bancos parecem ter sido feitos para impedir as pessoas de dormirem, talvez esse seja o objetivo. Quando viajo de trem, sempre olho pela janela, o que sempre me deixa de pescoço duro, mas simplesmente não consigo evitar. A chuva cai levemente pelo campo aberto, como um beijo demorado e suave. Consigo ver uma chuva realmente pesada se escondendo nas nuvens no céu. Um aguaceiro na espreita. As nuvens ficam escuras, quase de um preto azulado, conforme esperam para abrir as comportas e liberar o dilúvio sobre nossas cabeças, enquanto nos sentamos aqui, encapsulados nesse acolchoado gigante de aço. Quero me banhar nessa chuva, tirar minhas roupas e me deitar ali, quando o céu abrir as comportas. Pode abrir, deixe a água cair sobre meu corpo. O vagão dá mais um solavanco sobre o trilho negro e agora é minha vez de levantar o olhar.

Meus olhos são atraídos por uma mulher sentada no sentido contrário do tem e, portanto, de frente para mim, do outro lado do corredor. Ela está lendo um jornal; você sabe, aqueles mais firmes, que fazem barulho quando você vira a página, e está bebendo alguma coisa em um copo de papel. Durante alguns segundos, estudo seus dedos segurando o copo, antes de perceber o pequeno barbante e o rótulo de um saquinho de chá pendurado na borda. Não consigo ver que tipo de chá é, pois ela está muitas filas à frente para permitir isso. Os dedos dela parecem estar frios. Toma goles curtos e cuidadosos e imagino se realmente comprou aquele chá na esperança de se esquentar. Há uma corrente de ar frio no vagão, mas, como sempre, estou com mais roupas que o necessário, assim o ar cortante não me incomoda. Gostaria de oferecer meu cachecol para ela, presentemente largado no banco ao meu lado, sem ser usado. Seria estranho fazer isso? Na minha cabeça, eu a imagino rindo e confessando que realmente estava com um pouco de frio. Ela me perguntaria se gostaria de me sentar ao lado dela, se não me incomodaria de sentar-me contra a direção do trem. Não me incomodo. Vejo-me sentada ao lado da mulher, olhando para o lugar que acabei de deixar, onde meu corpo real permanecia. Com o que se parece? Com o que me pareço? Percebo que estou olhando muito intensamente para a mulher e rapidamente desvio meus olhos para a janela, apesar de parecer que ela não notou nada de impróprio. Entramos em um túnel e um silvo agudo percorre o vagão. Olho furtivamente para ela, no escuro, mas não consigo ver nada além de contornos difusos e, ao sairmos repentinamente para a luz intensa do dia, nossos olhos se encontram. Desvio imediatamente o olhar. Deveria ter previsto isso. Claro que não consegue ler o jornal no vagão totalmente escuro. Alguns minutos se passam antes de que tenha coragem para a olhar novamente e, dessa vez, eu a estudo mais discretamente. Parece ter a minha idade, mas também poderia ser alguns anos mais velha. Seu cabelo está enrolado e preso em um penteado discreto e um pouco sério, que escorrega para o lado quando pressionado contra o descanso de cabeça. Um cabelo macio e quente apertado contra seu pescoço e orelha. Tento imaginar como devo parecer com meu cabelo bagunçado, indisciplinado como sempre. Como lhe pareço de onde está sentada?

O fiscal do trem entra no nosso vagão e começo a procurar pelo meu bilhete. Já me pediram para mostrá-lo anteriormente, mas gosto de ser obediente e amável. Não consigo lembrar quando ou onde a mulher entrou no trem, talvez na estação em que paramos um pouco antes. Provavelmente estava ocupada demais olhando pela janela para notá-la. O fiscal dá uma olhada para o meu bilhete e continua com os outros passageiros. Para brevemente ao lado da mulher e diz alguma coisa que a faz rir e responder afirmativamente. Não consigo entender. Eles se conhecem? A mulher sorri, conforme o fiscal desaparece em direção do outro vagão. O sorriso dela é contagiante e olho rapidamente para fora da janela novamente, para não revelar que estava escutando a conversa. Vários longos minutos se passam. Nossa jornada nos leva para baixo, através de um vale, e o número de ovelhas diminui. Tento contá-las, mas sinto que estou quase cochilando. Por um momento, esqueço-me da mulher e de seu jornal. Quando fizemos uma parada curta no fundo do vale, olhei rapidamente na sua direção e ainda estava lá. Ninguém em nosso vagão está se movendo. Não consigo ver muito dos outros passageiros, exceto por um chapéu aqui e ali e o topo de algumas cabeças, todas com cores variadas e cabelos de diferentes texturas. Na plataforma estreita da estação, havia uma senhora idosa de pé ao lado de uma pessoa, que presumi ser seu marido, e estavam cumprimentando um jovem, com não mais de 15 anos, que acabara de desembarcar do trem. Até onde consigo ver, ninguém mais embarcou ou desembarcou do trem. Um jornada tranquila pela cadeia de montanhas está à nossa frente. Já fiz essa viagem antes e passaremos por muitos túneis antes de chegar à próxima estação. Quase uma hora de vários túneis e mirantes, luz e escuridão. O vale pelo qual passamos era um pequeno mergulho antes da subida. A mulher e eu nos mantemos no vagão, respirando o mesmo ar. Por que não mudou de lugar para não ter que viajar de costas, contra o sentido do trem? Será que consegue ver que estou observando todos seus movimentos?

O trem começa a andar novamente, esta enorme máquina monstruosa que corta a paisagem em dois. Começa vagarosamente, movendo-se preguiçosamente, como um animal se espreguiçando depois de vários meses de hibernação em sua toca. Mas, dessa vez, alguma coisa está diferente. Uma vibração dentro do motor, um zumbido agradável dentro da máquina, ronronando suavemente, como um gato. Não sei se sou a única a notar. Não é tanto um som, mas uma sensação. Posso senti-la nos meus dedos dos pés, o que faz com que me arrepie e uma sensação de cócegas sobe pelo interior da minha coxa, pelo meu cóccix e minha espinha, até o meu couro cabeludo. Lembro-me dessa sensação de quando tinha doze anos e andava de bicicleta por uma trilha de cascalho próxima à casa de meus pais. Andei de bicicleta naquela trilha, para cima e para baixo, por muitas vezes, mas essa era a primeira vez que estava tendo aquela sensação especial. As pedrinhas criavam uma vibração que se espalhava pela bicicleta, pelo selim meio duro roçando pelas partes macias, ainda não desenvolvidas, entre minhas pernas. Passei bastante tempo na minha bicicleta naquele verão, indo e vindo pela estrada de cascalho, tentando parecer o mais despreocupada possível. No verão seguinte, já não estava tão fascinada pela estrada de cascalho, a magia havia desaparecido, mas ainda me lembro da sensação, do prazer que se espalhava pelas minhas coxas. Experimentei a mesma sensação explodir dentro de mim quando o trem deixou a estação. Descruzei as pernas, após estar com elas assim pela viagem inteira, e, agora, com certeza devo ter marcas vermelhas sob a roupa. Como as minhas pernas estão menos contorcidas, começo a relaxar e a escorregar um pouco para baixo no banco. Uma garoa suave, quase inaudível, cai sobre a janela. Talvez seja uma invenção da minha imaginação, esse som arrancado da memória distante, enquanto vejo as gotas da chuva baterem no vidro da janela. Uma por uma, a garoa continua muito suave e as cores dessas gotículas são maravilhosas. Sempre achei que a cor dos pingos de chuva pertence a criaturas mágicas, como anjos e unicórnios, e, nesse momento, pertence a mim e aos meus pensamentos. Um súbito raio de luz brilha entre as pequenas bolhas de água e as tinge de amarelo, azul e rosa. A vibração chegou à minha virilha, consigo sentir como me relaxa e minha mente divaga para quando estive nua pela última vez com outro ser humano. Foi depois de uma noite de embriaguez em um bar, nada muito memorável. Livrei-me da ressaca no dia seguinte, com uma xícara de café bem forte comprado em um posto de gasolina e prometi a mim mesma nunca fazer algo parecido novamente. Ninguém deveria flertar intensamente com outra pessoa em um bar, imagine cantadas bregas e acabar indo para casa com alguém quando todas as pessoas envolvidas estão mais que um pouco altas e com a razão bastante comprometida. Isso deveria ser feito em lugares mais sensuais, onde haja espaço...



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