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E-Book

E-Book, Portuguese, 192 Seiten

Betti Atropos


1. Auflage 2017
ISBN: 978-88-85356-60-3
Verlag: Tektime
Format: EPUB
Kopierschutz: 0 - No protection

E-Book, Portuguese, 192 Seiten

ISBN: 978-88-85356-60-3
Verlag: Tektime
Format: EPUB
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O que liga uma série de homicídios ocorridos em Bolonha e na província? Trata-se de um serial killer ou outro? Descobri-lo será dever do inspetor de Polícia Stefano Zamagni e seus homens.
Uma mulher é encontrada morta e acredita-se que pode se tratar de um homicídio. Começam as investigações, mas a polícia parece estar em um beco sem saída. Pouco depois, o mesmo acontece com outras pessoas e assim se descobrem detalhes em comum. A ideia do serial killer vem logo à mente dos investigadores, até que inclusive o mais provável culpado é encontrado morto a tiros de arma de fogo. O inspetor Zamagni e o agente Finocchi perdem todas as certezas, até receberem uma confissão que dirigirá o caso sob uma nova luz. Um suspense cheio de reviravoltas que irá manter o leitor sob tensão até um inesperado desfecho.

PUBLISHER: TEKTIME

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XII







De manhã cedo, naquele mesmo dia, Mariolina Spaggesi ouviu a campainha tocar, foi para o interfone e perguntou quem era. “Flores para a senhora”, foi a resposta. “Suba”, disse a mulher, começando a fazer suposições sobre o possível remetente daquele agradável presente. Quando viu o florista com o maço de flores na mão, mudou de expressão. “E..e..entre por favor”, disse, balbuciando, ao homem que estava à sua frente. Parecia que já o tinha visto, talvez era o florista que ficava um pouco afastado da sua casa, ao longo da mesma rua. “Apóie ali em cima.” O homem ultrapassou a entrada do apartamento, seguiu as indicações que acabara de receber, depois cumprimentou rapidamente dizendo que deveria voltar correndo para a loja porque estava sozinho e tinha deixado só um aviso na porta de entrada para informar aos clientes que iria voltar em poucos minutos. Mariolina Spaggesi voltou a fechar a porta e foi rapidamente na direção do maço de flores que acabou de lhe ser entregue. Um maço de crisântemos?, pensou. Viu que sobre a película que envolvia as flores tinha sido colado um envelope de papel com os dizeres PARA MARIOLINA. Abriu o envelope e dentro encontrou apenas um cartão de visita.
MASSIMO TROVAIOLI Diretor de Marketing Tecno Italia S.r.l.

A mulher sentiu um princípio de desmaio e teve que se sentar para evitar cair realmente. Virou o bilhete e viu que no verso estava escrito ATÉ LOGO! com uma esferográfica. Depois de alguns minutos se levantou da cadeira, pegou um copo e o encheu de água duas vezes. Precisava beber. Enxaguou o copo, depois foi ao banheiro, refrescar o rosto. Como podia ser? Por uma crença popular que lhe tinha sido passada de alguma forma, ela havia sempre associado os crisântemos aos defuntos, e Massimo Trovaioli... Pegou o telefone e discou 113. “Estou sendo... perseguida...”, conseguiu dizer, quando alguém do outro lado da linha, lhe respondeu. “Fique calma, senhora”, disse o agente ao telefone. “e se explique melhor.” “Eu... estou sendo perseguida... por um morto!” “É impossível. Tem certeza que está bem?” “Sim. Sim, eu estou bem”, disse ela. “Estou sendo perseguida... por um morto!”, gritou. “Onde mora?”, perguntou finalmente o agente, tentando ser rápida, “Vou mandar alguém.” A mulher deu o próprio endereço e concluiu o telefonema implorando que fossem rápidos. Quando chegaram dois agentes de patrulha, encontraram Mariolina Spaggesi em pânico. “Tente tranquilizar-se, senhora. Gostaríamos que nos contasse tudo que está acontecendo”, explicou um dos dois agentes. A mulher contou a eles do envelope recebido alguns dias antes e as flores recebidos aquela manhã. “Quem é Massimo Trovaioli?”, perguntou um agente. “O meu último ex.” “E ele poderia ter alguma coisa contra você? Quando se deixaram, isso aconteceu de uma forma ruim?” “Ele está... morto!”, gritou a mulher. “Ele é o... morto... que me persegue!” Spaggesi continuava gritando, enfatizando sempre a palavra morto toda vez que a pronunciava. “Desculpe-nos”, disse o outro agente, “Não nos está claro ainda este detalhe. Deve nos desculpar. Sentimos muito.” “Não faz mal”, responde a mulher, depois de um momento de silêncio no qual tentou relaxar os nervos. “Viu quem lhe trouxe estas flores?”, lhe foi perguntado, quando os dois agentes ficaram certos de ter passado o momento de impasse. “Pareceu-me... o florista... aquele aqui em baixo, ao longo da rua San Vitale, mas não tenho certeza. Quando estou na rua, ando sempre tão rápido e não olho muito para as lojas.” “Iremos verificar”, lhe garantiu um dos dois agentes de patrulha, voltando-se depois para o colega com um olhar de acordo. “Você, no entanto, deve permanecer calma. Vai nos prometer isso?” “Vou tentar”, respondeu a mulher. “Vou tentar.” “Bom. Nós nos empenharemos logo para esclarecer esta questão. Provavelmente foi um mal entendido.” “Estou com medo”, disse a Spaggesi, “Façam alguma coisa, por favor”, implorou, como se não tivesse escutado as últimas palavras dos dois agentes. “Tente se tranquilizar e beba um copo de água.” O agente mais próximo da torneira da água, pegou o copo que encontrou ali ao lado, o encheu e o ofereceu à mulher. “Beba em pequenos goles e vai ver que a ajudará a melhorar.” A mulher bebeu seguindo o conselho e, permanecendo sentada, perguntou se seria um problema para os dois agentes, se ela não os tivesse acompanhado até a porta para saírem. “Não há problemas, senhora.” Mariolina Spaggesi ficou sozinha, sentada imóvel repensando o que acontecera, tranquilizada pelas palavras dos dois agentes: eles iriam se ocupar do problema, na esperança de resolvê-lo.
Quando os dois agentes, seguindo as indicações da Spaggesi, chegaram na floricultura, encontraram um aviso na porta: VOLTO LOGO. Aquilo que deveria ser presumidamente o titular chegou com passo rápido, acelerando nos últimos metros vendo os dois agentes esperando. “Estão me procurando?”, perguntou, “Aconteceu alguma coisa pela qual eu poderia lhes ser de ajuda?” “Podemos entrar?”, disse um dos dois agentes. “Por favor, por favor, claro.” O homem abriu a porta de vidro e pediu que os dois agentes entrassem. “Digam-me, por favor. O que aconteceu? Eu não os chamei. Não me roubaram nada.” “Não estamos aqui por isso”, falou diretamente um agente. “Então me expliquem.” “Uma pessoa diz ter recebido um maço de flores de um morto”, começou a contar o agente com mais anos de carreira na polícia. “Impossível”, disse o florista, “Os mortos não mandam flores para ninguém.” “Diz também que lhes foram entregues pelo senhor ou por uma pessoa que trabalho com você.” O olhar do homem ficou mais sombrio. “Não entendo onde querem chegar.” “Queremos apenas entender o que aconteceu”, explicou o agente mais jovem. “Esta pessoa está um tanto aterrorizada.” “Quando isso teria acontecido?” “Pouco tempo atrás... digamos umas duas horas?” “Deixem-me pensar um instante.” O florista fez uma breve pausa, depois voltou a falar. “Eu trabalho sozinho, não existem ajudantes nem nada semelhante aqui. Não posso me permitir. Faço tudo eu: recebo os clientes, os sirvo e, se necessário, faço também as entregas à domicílio.” “Quando chegamos aqui, o senhor não estava. Estava fazendo uma entrega?” “Obviamente.” “Nada é óbvio na nossa profissão”, disse um agente, como para dar a entender que não estavam fazendo exatamente uma visita de cortesia. “Desculpem”, disse o homem, “Então sim, me ausentei dez, quinze minutos talvez, para fazer uma entrega.” “Certo. Agora, pode nos dizer se fez uma entrega há mais ou menos duas horas atrás?” Depois de uma breve pausa, o florista respondeu: “Acho que sim. Era uma senhora, talvez uma senhorita. Não sei dizer com certeza: não faço perguntas sobre a vida privada dos meus clientes. Em todo caso, era uma mulher.” “Lembra-se do nome?” “Não, sinto muito.” “Pense bem. Reflita ainda um pouco. Estas informações nos poderiam ser úteis.” “Confirmo que não lembro”, disse depois de um minuto, “Infelizmente, vejo muitas pessoas durante o dia e geralmente não lembro dos nomes.” “Está bem, da mesma forma”, confirmou um agente. “Lembra-se pelo menos quem lhe solicitou a entrega?” “Um homem. Sim, era um homem.” “Saberia nos dar algum detalhe a mais?” “Mmm... distinto. Era um homem distinto.” “Outros detalhes?” “Teria que pensar. Sabem, esta pessoa chegou aqui ontem à noite, enquanto estava fechando a loja, por isso, se passou um pouco de tempo.” “Não se preocupe, tem todo o tempo que precisa. Se lembrar de alguma coisa, não hesite em nos informar.” “Podem ficar certos”, disse o homem, com postura de despedida. “Agora, se não se incomodarem, teria o que fazer”, adicionou, vendo um mulher entrar na floricultura. “Por favor, fique à vontade: os clientes têm a prioridade. Desculpe-nos pelo incômodo.” Os dois agentes deixaram a floricultura e se encaminharam sob o pórtico na direção das Duas Torres. “Este homem não nos contou tudo”, disse o agente mais idoso, “Na minha opinião, ele está escondendo alguma coisa.” “Eu também acho”, concordou o outro, “mas não saberia dizer o que.”





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