Rosdahl / Hansen / Lind | Doutor sacana: 10 contos eróticos em colaboração com Erika Lust | E-Book | www.sack.de
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E-Book, Portuguese, 132 Seiten

Rosdahl / Hansen / Lind Doutor sacana: 10 contos eróticos em colaboração com Erika Lust


1. Auflage 2023
ISBN: 978-87-28-54045-9
Verlag: LUST
Format: EPUB
Kopierschutz: 6 - ePub Watermark

E-Book, Portuguese, 132 Seiten

ISBN: 978-87-28-54045-9
Verlag: LUST
Format: EPUB
Kopierschutz: 6 - ePub Watermark



'Antes de eu conseguir terminar de desabotoar minha blusa, ele veio por trás e abriu meu sutiã. Depois, com uma mão, puxou a alça pelo meu braço. Com a outra, puxou todo o sutiã pela manga da minha blusa. Elegante como um mágico. Definitivamente, uma manobra que ele já executara muitas vezes antes. Depois que terminei de tirar a blusa, ele começou a observar meus seios.'Já decidiu quais serão suas próximas aventuras eróticas?Passando por situações complicadas e com o marido trabalhando em outro país, uma esposa é chamada para uma consulta ginecológica muito inusitada. Quatro mulheres se reúnem para falar sobre orgasmos múltiplos e testar brinquedos sexuais. Uma jovem trabalha em um hotel onde as pessoas frequentam uma sala de jogos para transar e observar uns aos outros fazendo sexo. Uma dominatrix realiza uma fantasia de sequestro. Esses e outros temas abrasadores fazem parte da coletânea Doutor sacana: 10 contos eróticos em colaboração com Erika Lust, um prato cheio de leituras perfeitas para quem gosta de sair do comum. Esta coleção inclui:Obcecada por Owen Gray Minha fantasia de sequestro Brunch e Orgasmos Doutor Sacana A musa do artistaCaro cunhadoLembranças de vocêNovas experiências Aula de cavalgada Voyeur -

Os contos desta coletânea foram publicados em colaboração com a produtora de cinema sueca Erika Lust. Sua intenção é retratar a natureza e a diversidade humanas por meio da paixão, intimidade, amor e desejo em uma fusão de histórias poderosas e cheias de erotismo.Esta coletânea inclui contos eróticos escritos pelos seguintes autores da LUST: Sarah Skov, Reiner Larsen Wiese, Beatrice Nielsen, Andrea Hansen, Olrik, Lea Lind e Cecilie Rosdahl
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Obcecada por Owen Gray - Um conto erótico


Gosto de ficar aqui observando. Espero nessa fila toda manhã, mas enquanto todo mundo foca na tela do celular, fico em pé, de cabeça levantada, olhando todo mundo. Gosto de observar e examinar anonimamente. É como quando as luzes se apagam no cinema e me viro para olhar todos os rostos iluminados pelo telão: o público está sempre ocupado com a tela, como as pessoas nessa fila. Poucos percebem que estou observando; que estou imaginando quem são eles e como vivem suas vidas; que construo personalidades para eles enquanto silenciosamente assistem ou esperam em filas pelo seu café matinal. Já aconteceu, pelo menos algumas vezes, de alguém na plateia de um filme ou um cliente em uma loja sentir meu olhar, se virar e me encarar de volta, olhando fundo nos meus olhos, de surpresa. Em situações assim, sempre desvio o olhar instantaneamente, minhas bochechas e pescoço tendem a enrubescer um pouco: não consegui manter meu segredo.

– Um espresso duplo – alguém berra no café.

O barista me vê, então abro caminho até o balcão. Bebo lá mesmo, em pé – me recuso a tomar café em um copo de papel, andando até o trabalho enquanto o café perde o sabor. Odeio a sensação da borda molhada do copo nos lábios.

Deixo a espuma assentar antes de beber. Adoro o calor deslizando pela minha garganta e o amargo que revigora. O espresso duplo acelera o meu sangue, que corre freneticamente pelo corpo. Às vezes meus dedos tremem, e começo a ouvir minha própria pulsação. É como se eu me chegasse mais próximo de mim, como se encontrasse a mim mesma segundos após o café sair do copo, fazendo minha temperatura subir.

Um homem em um casaco longo pede um cappuccino para levar. O som da sua voz, com um sotaque que o faz praticamente cantar o pedido no balcão, chama a minha atenção. Gosto muito desse sotaque, do modo como ele alonga e estica as palavras. Particularmente as vogais são um pouco alteradas, encorpando a expressão com uma harmonia distinta. Ponho o copo na mesa por um instante e olho na direção do balcão onde os pedidos são feitos. Então deixo, com sutileza, meu olhar procurar o rosto daquele homem misterioso. Inclinada sobre o balcão, deixo a cabeça um pouco curvada enquanto o observo com cautela. Recém se barbeou, e sua pele é lisa e bonita. Quando ele entrega o dinheiro ao barista, percebo como suas mãos são grandes. Grandes, mas não desproporcionais; não o tipo de mão que alguém associaria a um pedreiro ou carpinteiro. São mãos grandes, mas macias e bem-cuidadas. As unhas são delicadamente curvadas, e os pelos escuros que cobrem o dorso da mão contrastam perfeitamente com a palidez da pele. Não tiro os olhos dessas mãos. Sinto meus seios apertando e ardendo, como se estivessem prestes a estourar. Estou casualmente me inclinando contra o balcão, mas o que ninguém pode ver são as mãos dele apertando meus seios, fazendo a pele saltar entre os dedos. Se fico perfeitamente parada e concentrada, posso sentir a sensação formigante dos cabelinhos escuros das costas das suas mãos no meu antebraço. Seguro a respiração e solto um breve suspiro quando levanto a cabeça para observá-lo. Encontro seu olhar. Ele me viu. Rapidamente desvio o olhar, olhando para frente com um ar casual. Inclino a cabeça um pouquinho para frente, assim ele não pode ver as manchas vermelhas aparecendo no meu pescoço como uma ferida na minha pele, que, de outra forma, é impecável. Respiro fundo. Quando me endireito novamente, vejo que ele está indo embora. Abre a porta e sai. Antes de eu poder sequer piscar, ele já sumiu de vista.

#

Deixo os dedos correr pelos meus cabelos curtos e dou uma boa despenteada antes de ficar pronta. Coloco um cachecol longo e abotoo o casaco, então rapidamente caminho pela rua em direção ao restaurante onde ela me espera. Está sentada em uma mesinha perto da janela, acena quando entro. Seu grande sorriso permanece por um longo tempo enquanto ela tenta manter meu olhar fixo no dela. Sorrio de volta, mas logo deixo meus olhos focar nas minhas luvas, cachecol e casaco.

– Perdão, preciso atender – diz ela, apontando para o celular. – Estava esperando que ele retornasse a minha ligação.

Assinto e caminho em direção à chapeleira. Quando volto à mesa, ela ainda está falando. Paro e observo sua gesticulação. Ela movimenta os mãos no ar para acentuar seus pontos e como ela se sente a respeito. Sorri, mesmo enquanto fala ao telefone. Seus cabelos escuros têm um estilo bem preciso e reto, com a franja curta. O chanel termina na linha da mandíbula. Seu terno é sob medida, cortado de forma a acentuar sutil e elegantemente seu corpo. Seus lábios estão delineados com lápis vermelho. Ela me atira outro sorriso largo e tenta prender meu olhar. Espio meus sapatos e o chão à minha frente, discretamente passando por cima de um pedacinho de alface que o garçom derrubou, enquanto me desloco em direção à mesa.

Às vezes ela se atrasa quando marcamos de almoçar, caso precise atender uma ligação ou aconteça alguma outra coisa que exija sua atenção imediata. Então sou eu quem espera à mesa, aguardando aquele cabelo curto e escuro, e aquele sorriso largo. Nessas situações, sempre sei quando ela entra no restaurante. Sempre ocorre uma mudança no ambiente, sinto cabeças virando e olhares que, por apenas um segundo, desviam dos pratos. Ouço o som dos seus saltos agulha circulando pelo restaurante. Enquanto o estalar dos saltos ecoa, os demais ruídos empalidecem. Conversas vacilam, talheres se calam e os cozinheiros seguram os pedidos.

– Novamente, perdão – diz ela ao desligar.

– Sem problemas – digo, despenteando o cabelo. – Então, como vai? – pergunto, tomando um gole da taça de vinho que ela pediu para mim.

Ela fala de alguém que conheceu. Rimos e tomamos vinho. Quero muito contar sobre Owen. Inclino-me sobre a mesa, como se fôssemos menininhas compartilhando nossos segredos mais profundos. Limpo a garganta, aumentando a tensão. Penso nos músculos se movendo por baixo da pele dele, como um grande animal, e nas letras tatuadas nos seus braços e pernas, e de repente não há jeito de me expressar adequadamente.

– Um momento, preciso ir ao toalete – digo, aí me levanto e caminho pelo restaurante. O som de talheres ressoa por todos os lados, assim como os cozinheiros anunciando pedidos aos garçons pelas portinholas da cozinha.

No banheiro, baixo o jeans e ponho a mão na minha calcinha. Está ensopada. Deixo uma mão deslizar entre as pernas enquanto a outra se segura na parede. Respiro profundamente, sentindo o calor lá embaixo. Penso em Owen, nas letras e nos músculos se movendo embaixo da sua pele. Penso no homem que encontrei de manhã cedo, nas suas mãos grandes e um pouco peludas apertando meus seios. Imagino-as como as mãos do Owen. Imagino ele me penetrando, apertando meus seios até eu sentir a pele prestes a estourar entre os seus dedos. Vejo meus seios emergindo por entre seus dedos enquanto ele enfia em mim. Deixo meus dedos trabalhar e logo fico ensopada, pingando de prazer. Gemo baixinho enquanto tenho o orgasmo, deixando o calor se dissipar pelo meu corpo antes de voltar à mesa com uma expressão neutra e forçada.

#

Corto a maçã em fatias e a banana em rodelas. Preparo alguns kiwis e pego amêndoas secas na sacola, arranjando tudo em um prato. A janta está pronta. Coloco o laptop na mesa e, com alguma dificuldade, consigo carregar o prato, uma jarra de água e um copo. Afundo no sofá, que cede um pouco. Enfim, só.

Encontro-o na Internet, compro um filme, me aconchego e assisto. Quando ele olha para a câmera, não duvido um segundo que está olhando para mim, que é o meu olhar que ele procura. Então ele fala. Não presto atenção no que diz, mas vejo sua boca se mexendo. Vejo os lábios rosados se mexendo para formar as palavras que eu não escuto. Fico molhada quando escuto sua fala melodiosa. Sei o que esperar, e o meu corpo também.

Gosto de assistir ao filme inteiro, e então voltar até a cena em que Owen está mais visível. O momento exato em que ele olha para mim. Pauso no ponto em que fazemos contato visual. Ele olha para mim enquanto eu chupo seu pau. Percebo as letras verdes nas suas coxas. Envolvo os braços ao redor das suas pernas, que estão completamente cobertas de tatuagens. É como se as letras estivessem fluindo das suas pernas e braços.

Ele pressiona a palma da mão na minha nuca, e eu vejo as letras tatuadas nos seus braços. Elas dançam como pequenos fragmentos desconexos sobre a sua pele. Quando ele tensiona os músculos, elas mudam de forma.

Desligo o filme e me reclino no sofá. Penso nas letras que ele...



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